terça-feira, 8 de agosto de 2017

EMPREGABILIDADE EM TEMPOS DE CRISE !!!

A crise pela qual o País passa é causa de desemprego ? Certamente que sim. Mas...

... embora seja fato que a crise estrutural é decorrente de má gestão pública e todo o conjunto de consequências decorrentes das questões políticas e administrativas que determinaram o atual momento conjuntural do País, existe uma série de fatores, os quais necessitam ser levados em consideração. Alguns deles serão abordados neste artigo.

Sem dúvida alguma a questão de formação é determinante para a empregabilidade. Mas quero lembrar que apenas a formação convencional, de graduação e pós-graduação não é sinônimo que se vai conseguir um emprego. O nível de exigência do mercado é cada vez maior. É solicitada dos profissionais uma formação específica sim, mas uma visão holística e sistêmica dos problemas técnicos, tecnológicos, de mercado, da comunidade local, da sociedade e ainda com a práticas e condutas sob princípios éticos, morais e de responsabilidade social e ambiental. Os problemas e as soluções.




Os profissionais, na disputa no mercado, precisam estar atentos aos aspectos cotidianos, conjunturais e até mesmo mercadológicos.

Outro aspecto relevante é o comportamental. Vivemos na era da "sociedade matrix", onde os mundos real e virtual se confundem, se completam e determinam uma atenção com a forma e as consequências das manifestações pessoais e sociais dos indivíduos. Muitas pessoas, sobretudo os jovens, confundem liberdade e democracia com descortesia, incivilidade, inurbanidade e desrespeito, contra os opostos em ideias e pensamentos e, por vezes, contra si próprio. Não raramente, selecionadores de capital humano fazem a "devassa" nas redes sociais, na busca da identificação dos perfis de candidatos, com suas manifestações, opiniões e, principalmente, forma de se comunicar nessas redes. Muitos "perdem" a vaga nessas incursões. Vejo, diariamente, manifestações desqualificadas e desqualificantes as quais serão observadas em seleções futuras e que serão, indubitavelmente, determinantes para a não contratação de perfis verificados.

Para concluir, a postura de profissionais no local de trabalho também é um dos aspectos definidores da manutenção, ou não, da colocação no mercado. Dificuldade de relacionamento no ambiente de trabalho; má conduta; desrespeito às normas organizacionais; falta de foco no trabalho; utilização de redes sociais; falta ou excesso de ambição, com implicações na motivação são alguns dos problemas que ocorrem nas empresas. Além disso, fato comum nas organizações é o trabalhador se espelhar num padrão de funcionário que acumula muitos desses "equívocos", ao invés de observar o padrão de comportamento exemplar, muitas vezes considerado 'bajulador".

A modificação da legislação trabalhista, sobre a qual iremos escrever em artigos futuros, vem reforçar a necessidade de uma autoanálise dos profissionais sobre sua conduta, com base no que foi apresentado no presente artigo. Buscar se qualificar, atualizar e capacitar, independente do apoio dos empregadores é uma medida imprescindível e de diferencial competitivo que pode ser um definidor da manutenção dos profissionais nos postos de trabalho.

Parar de colocar a culpa na crise, no mercado, nos empregadores e até mesmo nas alterações da legislação, e buscar uma atitude pró-ativa e verdadeiramente profissional, faz-se necessário e pode ser decisivo para a manutenção do emprego.

Bom senso é fundamental !!!

Artigo by Ivan Carlos Cunha
Diretor de Consultoria e Engenharia da TCE
www.tceconsultoria.com


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